Vale a pena: “Dead Like Me”
Desde quando comecei a assistir séries, sempre procurei assistir um pouco de tudo e decidir, a partir daí, quais continuaria a acompanhar e quais desistiria por não me sentir interessado. Em 2003, quando o Sony Channel trouxe “Dead Like Me“, imediatamente me apaixonei pelo programa, pela premissa fúnebre e pelas mensagens.
Claro que, naquela época, eu assistia praticamente tudo que era exibido no canal, pois considerava o melhor do segmento, sempre com novidades e clássicos que nunca podemos deixar morrer. “Dead Like Me” chegou no Brasil há exatos 12 anos, numa segunda-feira, fazia dobradinha com “Joan of Arcadia” e eu ficava vidrado na frente da minha TV de 14′, querendo saber mais sobre os ceifadores.
Georgia Lass — ou apenas George — é uma garota que não tem perspectiva alguma de vida, abandonou a faculdade, não tem um bom relacionamento com seus pais e ignora sua irmã mais nova. Sua mãe, Joy, dá um ultimato e George deve encontrar um emprego, juntar dinheiro e sair de casa. Em seu primeiro dia de trabalho, sem saber que também seria o último, George morre atingida por um vaso sanitário, que escapou de uma nave espacial russa. A partir desse momento, nossa protagonista se transforma em uma ceifadora.
Os ceifadores são humanos que, depois de mortos, são encarregados de retirar a alma daqueles que farão a passagem para a vida após a morte. Basicamente, um ceifador impede que o corpo humano sofra dores durante o processo da morte que, geralmente, é violento e dolorido.
Em sua nova “profissão”, George conhece Rube, seu mais novo chefe. Ele é o responsável por distribuir as missões aos ceifadores, informando-lhe as iniciais da pessoa que vai morrer, o horário estimado da morte e sua localização. Tudo isso é registrado em um post-it e entregue ao ceifador. Outros ceifadores são Mason, um inglês que morreu buscando o barato perfeito; Roxy, uma agente de trânsito que foi enforcada por uma colega, após ter inventado as polainas; e Daisy, uma atriz decadente que morreu num incêndio no set de gravação do filme “…E o Vento Levou”.
Agora, morta, George não pode manter contato com sua família ou amigos, deve encontrar um emprego e uma casa para viver enquanto ceifadora. Ela recorre à Happy Time, empresa que lhe deu seu primeiro emprego em vida, tendo Dolores Herbig como sua entusiasta chefe. E George começa a compreender que, mesmo vivendo como uma reaper, ela recebe novas chances de realizar na morte o que não conseguiu na vida. Ela ainda precisa tomar decisões, fazer escolhas e lidar com suas consequências.
As mensagens que o seriado transmite são sempre positivas, mostrando que é sempre possível recomeçar e seguir por novos caminhos. George não conseguiu fazer de sua vida algo valioso ou proveitoso, mas foi na morte, no papel de uma ceifadora, que ela percebeu o quanto ela perdeu, como as coisas em sua vida poderiam ter sido diferentes. Agora, cabe a ela reestruturar sua “morte” e, a partir dessa nova chance, fazer escolhas melhores e mais saudáveis.
Recentemente, revi a série toda pela Netflix e o saudosismo tomou conta. Pude reviver momentos especiais que a TV por assinatura me proporcionou alguns anos atrás, quando esse era o único caminho possível para contemplar boas séries. Se você curtiu a postagem, procure e acompanhe as duas temporadas do programa.
Ah, um filme foi lançado em 2009, proporcionando um final decente para a atração. Vale a pena! 😉