O que eu achei de “Work It”?
A ABC estreou no último dia 03 de janeiro, a sitcom “Work It“, trazendo Amaury Nolasco (o carismático Sucre, de “Prison Break“) e Benjamin Koldyke (seu papel mais conhecido foi como Don Frank, aquele que trocou Robin por um emprego em Chicado, em “How I Met Your Mother“).
A série, de cara, é uma ofensa às mulheres. É como se Charlie Harper fosse o roteirista principal. O enredo é fraco: dois amigos desempregados que assumem identidades femininas para conseguir trabalho como vendedores da indústria farmacêutica. Esse nicho do mercado de trabalho, aparentemente, não é apropriado para os homens, pois os médicos não podem se aproveitar deles (sim, isso é uma quote do episódio). Então por que não se vestir de mulher e se passar por uma? É simples, se a fórmula deu certo em “As Branquelas”, não vai dar certo aqui.
Não vou mentir que não ri em parte alguma. É uma distração, é até possível compreender um pouco a mente daqueles que idealizaram o programa, porém, os atores não ajudaram muito. O Koldyke é quase desconhecido e o Nolasco é um porto-riquenho que deu certo em “Prison Break” porque era um drama e não uma comédia. By the way, o personagem dele até faz uma piada sobre ser porto-riquenho e vender drogas, o que por si só já é lamentável (vocês estão fazendo isso errado).
O elenco de apoio também joga contra. John Caparulo é insuportável, suas tiradas são desprovidas de qualquer graça.
Além disso, a série tem aquele sério problema das ofensas. Não só com as mulheres, mas também com os homens. Afinal, médicos são tarados e o restante dos homens são alienados que não conseguem emprego porque as mulheres estão tomando conta do mercado de trabalho e não estão em casa. Oi?
Outro ponto negativo? Trilha sonora. Flo-Rida, Black Eyed Peas e Beyoncé. Tudo bem, eles têm músicas legais (algumas são ótimas, verdade), mas as canções usadas no episódio são, no máximo, de 2008.
No restante, posso dizer que as mulheres são refletidas como estúpidas, superficiais e todas, aparentemente, participam de algum clube do livro. Clichês e paradigmas prestando um grande desserviço às mulheres. They work it out.
Antes de arriscar, dê uma olhadinha na promo. Ir além disso é por sua conta e risco.