O que achei de “Greek”?

GreekA princípio, baseado na sinopse da série, eu não acreditava tanto assim num enredo interessante, afinal, um bando de alunos de uma faculdade e suas respectivas vidas sociais dentro de fraternidades não soa tão interessante assim. Mas, como nem sempre tudo aquilo que parece, realmente é, resolvi dar uma chance e assisti os dois primeiros episódios de “Greek“.

O piloto é bem escrito, os 44 minutos de histórias foram bem divididos e deu pra entender exatamente o que poderíamos esperar a partir dali. Os atores e atrizes, quase todos desconhecidos, transmitem com precisão a vida dentro de um grupo de “irmãos” e “irmãs” nas fraternidades universitárias, com suas intrigas, brigas fúteis, competições sem sentido e trotes engraçados. A protagonista, Spencer Grammer, que interpreta Casey Cartwright, é fenomenal e, para a minha não surpresa, ela é filha de um dos comediantes mais profissionais do entretenimento: Kelsey Grammer, o eterno Frasier Crane, que atualmente interpreta um jornalista âncora em “Back to You“. Além do gene artístico, Spencer tem um misto de engraçada e dramática, exatamente como sua personagem exige. Confesso que já sou fã da atriz e espero continuar com essa concepção conforme assisto o restante dos episódios.

Claro que, como toda série voltada para o mundo teen, podemos usar a extinta “The O.C.” e a atual “Gossip Girl” para uma certa comparação. Certamente, além das futilidades existentes em todo universo adolescente, há também assuntos sérios e que merecem maior destaque. No caso de “Greek”, até então, surge a questão: como conciliar a (con)corrida vida como irmã/o de uma fraternidade e obter sucesso nos estudos? Até meados do segundo episódio, isso era o que atormentava Rusty Cartwright (Jacob Zachar), quando, para a sua surpresa, ele percebeu que o lema da fraternidade não era apenas da boca pra fora, mas que seus novos irmãos estavam ali para o que fosse preciso, inclusive intervir um professor para que Rusty e seu colega de quarto, Dale (Clarke Duke) não fossem prejudicados na entrega de um trabalho de física.

Deixamos então os estudos um pouco de lado. Temos ainda, na história, a popular e esnobe Rebecca Logan (Dilshad Vadsaria), patricinha dos tempos modernos, desejada por todas as fraternidades, mas não por sua “simpatia” ou “inteligência” ou até mesmo seu jeito “alegre” de ser, mas sim pela influência que seu pai, um importante político americano, pode trazer para a fraternidade que a aceitar. Logo no primeiro episódio, Rebecca dorme com Evan Chambers (Jake McDorman), o príncipe encantado de Casey, que talvez, não seja tão encantado assim. A partir daí, Rebecca faz uma nova inimiga, que ao mesmo tempo que precisa aturar e conviver diariamente, precisa achar meios de colocá-la pra baixo e ocupar o seu tão estimado espaço dentro da sociedade fraternal.

Apesar das constantes desavenças, opiniões politicamente incorretas, incitações de sexo, bebidas e abuso de poder, “Greek” certamente chegou para ficar e, talvez, criar um novo conceito entre as séries desenvolvidas para o público teen. Geralmente, o público jovem não é o único que acompanha uma série repleta de humor, sátiras atuais e citações mais do que adequadas, mas seu público alvo acaba variando, atingindo as mais diversas faixas etárias. Embora a série seja exibida no Brasil por um canal que abrange apenas um pequeno número de assinantes, a internet está a disposição para quem quiser assistir e se deliciar com tamanha diversão e espontaneidade.

Se você é um fanático por “Lost“, viciado em “Grey’s Anatomy” ou não perde um episódio das séries policiais e criminais, talvez “Greek” não seja a melhor pedida pra você. É preciso se desprender de estereótipos e ter uma mente aberta para viajar e relembrar de clássicos como “Dawson’s Creek“, “Felicity” ou até mesmo a saudosa e curta “Young Americans“.

“Greek” vai ao ar pelo Univesal Channel, todas as quartas, às 23h.

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1 Response

  1. Francisco disse:

    Eu tambem gostei bastante do piloto, ate me surpreendeu, porque achasva que não ia gostar lá muito 🙂

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